Dízimo
Pastoral do Dízimo
A inspiração com que cada um vê ou percebe o dízimo vai atribuir-lhe um significado. Assim, ouve-se que é gesto de amor, de agradecimento, expressão de fé, de solidariedade, de fraternidade, retribuição aos dons e bênçãos de Deus, manifestação de responsabilidade para com a Igreja e o plano de Deus, e outros inúmeros qualificativos que buscam defini-lo.
De fato, o dízimo assume diferentes expressões em razão do que o motiva (por que o oferto?) ou de sua destinação (para que o oferto?). Mas uma palavra enfeixa todas as suas possíveis definições: AMOR.
Num primeiro momento, devo reconhecer, pelos dons gratuitos que recebo de Deus – a começar pela vida, pela saúde, pela inteligência -, o imenso AMOR que Ele tem por mim. Depois, manifesto de forma objetiva minha gratidão, retribuindo a Ele este sentimento em gesto concreto de AMOR através dos meus irmãos.
O homem do campo, com muita facilidade, vê a ação de Deus, a colaboração, a parceria de Deus em seu trabalho. É a terra, o sol, a chuva, que, no tempo e na quantidade certa, fazem brotar a semente, desenvolver a planta, gerar o fruto. E reconhecendo a eficácia dessa parceria, à época da colheita, como retratado no Antigo Testamento, oferta a Deus o dízimo, a décima parte, de tudo o que produz.
Hoje, a maioria de nós está confinada em grandes centros urbanos. Nosso campo são as fábricas, os escritórios, as lojas de comércio. A semente é nossa vida, é nossa saúde, nossa inteligência, dons de Deus que colocamos a serviço. Nossa colheita, fruto de nosso trabalho, é o salário que recebemos no final de cada mês, ou aquilo que recebermos por qualquer trabalho, seja a que título for, em que empreguemos aqueles dons.
Então, testemunhando a gratidão a Deus e manifestando nosso amor à Igreja e aos irmãos, também ofertamos nosso dízimo. O dízimo é, pois, uma retribuição que fazemos a Deus de parte do que gratuitamente d’Ele recebemos, um pouco de nós mesmos; e o fazemos através da Igreja, para que ela possa cumprir a missão da qual Jesus a incumbiu.